sábado, 17 de abril de 2010

Vinte e um.


Penso que dia vinte e um de fevereiro foi à divisão de águas da minha vida: Antes e depois de você. Antes era tudo escuro, tudo milimetricamente calculado, rotineiro, sem palpitações ferozes ou calafrios repentinos. Depois de você, foi tudo proporcionalidade: Mais você, mais calafrios. Menos você, menos amor. A princípio achava cartas de amor extremamente inapropriadas, palavras são só palavras, são hipócritas e vazias, não definem nada, intensificam menos ainda. E é aí que o amor transforma, muda conceitos e exclui possibilidades de racionalidade, nos torna cada dia menos são e mais louco. E que loucura digna de internação.

Penso na definição de tudo que eu sinto, se houvesse uma, claro. O que existe são suposições acerca de tudo isso e que no fundo não representa meio grama de tudo que transborda e escorre dentro de mim. Quero mais formas de demonstrar, quero conseguir isso. Só em pensar na possibilidade de perda, me estrangula o coração que se derrama hemorragicamente. Eu só queria mais. Mais nós dois. E que escorra aos litros o amor.

Um comentário:

  1. Gostei. Gosto da forma que você põe os seus sentimentos na escrita...

    www.quebrandoogenio.wordpress.com

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