sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Era o de sempre. A mesma novela de sempre pro jantar. Era que tinha pra hoje. E isso não me dava a menor vontade de sentar, esperar a comida esfriar, revirá-la no prato e não conseguir ingerir uma garfada. Essa rotina, esse cotidiano cansado, também me cansa. Já tentei não jantar pra ver se algo mudava e a única coisa que mudava era o horário de cumprir tal ritual. Deitava-me depois dos mesmo programas de tv e pensava em quando tudo isso seria diferente, quando eu conseguiria de fato ser quem eu desejava, sem nenhuma repressão, amando aquilo que me fazia bem. O dia em que eu não seria a segunda ou última opção, o dia em que reconheceriam que eu tinha um pouco de valor. Eu ainda espero e me encontro na fé.

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